■«■ D. Fr. ANTÓNIO CORRÊA da Ordem de Santo Agoílinho , por graça de Deos , e da Santa Sé Apoítolica Arcebifpo Metropolitano da Bahia, do ConfeJho da Rai- nha Fideliíllma minha Senhora. l,1U A todos os noflbs amados Irmãos ,• e Filhos faude , e benção em Jefus Chriílo Soberano Paftor , e Bifpo de noíTas Almas, (i) Eratis entm ficut oves errantes • feil converti ejlis nunc aã Pajto- rem , £? Êpifcopum animaram vef- írarum, 1. Petr. 2. 25. LEVANDO-}SrOS a Divina Providen- cia da humildade do Clauftro á fubli- me Cadeira (2) da Santa Igreja Me- tropolitana da Bahia , adoramos os feus profundos confelhos , (3) e nos con- fundimos da noíTa indignidade. Efta nos . obriga a dizer com verdade , o que fó por hum exçeífo de modeftia de íi di- zia o Santo Arcebifpo de Milão : Somos o mínimo dos Bifpos , e o ínfimo no merecimento. (4) Logo nos pene- trarão até o fundo d'alma as palavras do Apoftolo , quan- do nos manda coníiderar o miniilerio , que recebemos no Senhor para o encher em toda a fua extensão. (5-) Se efte na exprefsão dos Padres de Trento (6) he formidável ainda aos hombros angélicos , incomparavelmente mais devemos tremer entre vós (7) fem a virtude , e os talen- tos , que pedem a alta dignidade , e as obrigações indif- peníaveis de hum eítado de perfeição o mais fublime do Chriftianifmo. Trememos opprimidos debaixo do immen- fo pezo de noíTos deveres , e fuccumbíra aterrada toda a noíTa pulillanimidade , fe nos não alentafle a efperança de poder tudo naquelle Senhor , que nos - conforta , (8) envia, (9) e promette a fua afliíbencia. (10) Rogamos por ifíb , dileclillímos Filhos , as volTas orações , que co- mo agradável incenfo (11) fubindo até o altar da Santa Jerufalem , facão defça do Ceo , e fe derrame fpbre Nós o efpirito d Supremo Paítor ? como elle mefmo fe pro- põe pelo Profeta , (i2)^para gloria do Teu Nome , e fal- vação de voíTas almas remidas com o preciofo Sangue do Cordeiro immaculado. (13) Sejão , vos pedimos pelas Chagas de Jefus Chrifto , fervorofas , e inceíTantes as voíTas fúpplicas a alcançar do Todo poderofo os dons neceíTarios , para que o firvamos em fantidade , e juftiça ( 2) Quí ponit Jiumiles in fuilime. Job 5. 11. ( } ) Judicia Dei aíyjfus multa. P(. ; 5. 7. (4 ) Surti minlmus omnium Eprfcopnrum , ffl* Ínfimas mérito. Ambroí. lib. 2. De Pxnit. cap. S, , f 5 ) Vide minifleriwn , quod aceepifli hl Domino , ut illud impleas. A d Co- ioir. 4. 17. ( i ) SeíT. (. De Rejormat. cap. 1. ( 7 ) Et ego In tnfinnitate , «5* ttmore , ej* tremore multo fui apui vos. 1. ad Corint. 2. ,'. * em Omnta po/fum in eo , quí me Con' fortat. Ad Philip. 4. ;« ( ' } Sicut itufit me Pater , & ego mH- to vos. Joaii. 20. 21. (ic) Ecce ego voíifium Jiim omnitms ale- tas ufque ad cor.fummationem [«.adi. Matth.iS. 20. ( TI ) Cratto mea ficut hicenfum in con- fpeílu tuo. Pf. 140. 2. ( 12 ) Ego pafcam oves meãs , ãieít Do- minus Deus. Quod perierat , requi- ram ; is quoã abjeâum erat , re- âucam , eíT quoil coufraâum fuerat , alliga^o , 25* quod Ufirmum fuerat , conJWâaio , Sf quoã pingue , & for- te , cujloâiam • c? pafcam illas in judicio. Ezech. (4. 15. (■'■»' Kedempti etlis preíiofo San guine quãfi agni immaculati Chrifíi. 1. Petr. 1. ij. %$^%*£g^W todos os ^ÍTos dias ; ( I4 ) e f u /W™ . „ ^,l uc ., 74 . e m que fuccedendo aos ^^ge Mente mos o minério, deiros do f eu efpirito P ° lt0l ° S > fe J am °s também her- }. 11. ^ vina , que dirieiffe toH« P artI ™lares da protecção Di- gloriâ de Deos e fm/ ^j í" 6 "** 8 á h °nra , e *w. ««■«,„. * prefença do Altiffimo e com * f P™n>ndamente na ífcíí"-— ~ K centrados no abyfmo do noT J* P °/ tem ^ l8 > con " SfftívH.'--*» enVÍaíre âo f °"° da fua grandeza a Vui'lli "^Tk 5 08 «> para que efteja , e tSbalhe eo^ofc ?Tlt ***? ne , o que em governar o feu nnvn7"!„°J. e ., Nos ?* ( Jo) Mitte fam âe Calis fanilis Çy a fr/7* ntjmmU.-.jt'.: J . , r — ^^ wlcJil e trabaJhe comnof NT - ne , o que em governar o fi-„ „„ '" umnolco > e Nos enfi- ,,„„,. olhos. ( 20 ) pJZôl Tl\°J V / u he a g ra davel aos feus toral cuid do O ÍLo^IuT™"^ T ^ Paf - âsSfléw*-* ra r Nos °™ %t\ as ( Xi L n t a -v p r S *-:^i«L,„« conheceremos o femblante do noffo XSL r ^ ' £,<«. ww mjSto /,„ r ; ta feja adifcncia d i u „ ares n °"°; eba ™ > (") q"an- urifdicçáo , immenfo « nf ' „° terreno J a noffa encarregado. IZ^sZ" ij^ ^W - *•> ir4„« ,„„. culto denlixo da noflí ** TC f* 3 tod ° S exhorta °c- «■"^,!XfSr''- ^ K fy^^t^f li ^-^ Cada hum na da caffdo Senhor W^ ' trabaIhar P da formofoa Noffo efmrito flo ' P Cl "? COm S rande íatisfaçío do gàjr&í»:'» <4* aClade fjCV^* a , DÍ ° Cefe J™ ta c °* a «>£í„r;,.f:a 3 *fe Noffo iu™ P ; - / ara ° tod0s mais fopportavel o ".,', i' '" ""»--'«»• íiy£ "««o jugo , e nao gemendo o Pa/W ;#« ™ir 1 SÃSIIÉ.'* dará em utilidade das ovelhas (Z.? ' m ° redun - Sst3^ :;f olir ^o\K £SSáu" ^L pr r^ if#Ekw Ste-ss^díss^ dos co£ v - u : -^ — ***** & o'X SSsíSSStííg d í the- '( J ) thedraí fuás influencias a todas as Igrejas inferiores. Don- de devem correr as agoas faudaveis da virtude , e doutri- na, que deite manancial , ou fontes do Salvador, (27) que HamUtu a!jU [?l n \ avM 3e fm > # comiéfte feu adorável nome honra , e exalta efta Metro- JEiíffiSSi % SST tíjfrjptde toda a America Portugueza ? Donde deve fahir "***■»• a luz fobre o Horizonte , por aíTim dizer , de todo o Ar- cebifpado , fenao do alto defta primeira Igreja , que he como o luminar maior de todas as outras ? Correfponden- do a piedade dos primeiros Sacerdotes á dignidade do meweutote, (jus. lugar, e á grandeza do minifterio , (28) que exercitao cu' n âignttates %■ kuujiu - , m- O . ' ••10 • r * a. 1 J fertim Catheârãlibus , cã confervan- comnofco no principal oantuano , lerão contemplados por â«m , mgenâamque Ecchf,«jncam * rr J/1J 1.1 f \ K ãifciplinam fuerint inftituts. , ut qui todos como a lorma , e o modelo do rebanho. (20) A «* otmerent , putau pmceiíe- ;.. .. j 1 rent > "Uísque exemplo efent , at- bem conhecida probidade, e literatura dos membros, ?«<■ Epi/copos opera , & oficio Ja - _i » - . - -,- . varent : mérito, qui ctd eas vocan- oue compõem efte relpeitavel Corpo , e que IN os enche "<<-.. taies efe ietènt , quijuomu- de efperança , gloria , e prazer , (30) Nos Iara conlervar s.eir.24. cíb-i^ô* ntflnut. com todos, como recommendão ambos os Príncipes dos * m gau todos como NoíTos Irmãos , e confelheiros , (32) além dos cafos , em que por Direito nos he neceíTario para ThclTal - "• l \ ix , obrar o feu confentimento , (33) refpeitaremos em tudo ífiSSiSt o feu confelho , (34) que aíTegure o acerto, e a economia littm , aut corona gloria.' Vos ejíis leria nojfra , 59* gauáivm. i. ad llgciiles. Ad Hom. i;, ( ?2 ) , _, , ' ". _ " jT C3p.Novit.i'efiis , que. fiimt a Pia- das noíTas determinações para o bem publico de todo o uti*. Arcebifoado. \} b - '■ úr r - IO - ã í '';■'' ""? &»* a í ■ i \ ' ■r Prxlatis fine confenfu Cai ituh. Aos Reverendos Párocos , que chamados a parte do . r m ) ; NolTo miniíterio , dividem comnofco o cuidado do gran- ^«tur fapiemu. pmv. ij.io. de rebanho , que Nos foi confiado , e são também os conducl^res do Ifrael Chriftão , recommendamos o zelo da falvação das almas , que he o caracter , e deve fer, para que aííim digamos , a paixão dominante de hum bom Paftor. Como são comnofco Miniftros , e Coadjutores do mefmo Deos , (35-) deftinados a apafcentar as fuás, e nel M - m ftt l]% tt0 ^ Ui3L NoíTas ovelhas , efperamos que lembrados da fua obriga- conmn. ,-. ,. cão , (26) as nutrão com o pão da palavra divina , as 00 5 . ' KD ' .. . . n , l c ■ -r 1 C»r>- Qitotl De! timorem âejlatumo- animem com folidas ínltrucçoes , as lantinquem pelas gra- «*•*»*». TrMent. ■■se-r. 5 ; «p. 2. ças dos Sacramentos , as preparem a lazer com eiles no feculo futuro huma porção da Igreja eterna dos PredelU- , nados , e receber do Príncipe dos Paltores a coroa im- mortal da gloria. (37) Quanto por fuás fagradas funções cm*»"uritiKnie,tPMjhrm, .,i t-» c 1 1 _ "" vercipietis iinmarcefciiiiem " são elevados os Párocos lobre os outros homens , e ain- íw#»ii«.t.Pet.$.4. da os mefmos Anjos , aíTim deve fer fummo o cuidado, e incanfavel a vigilância em fe moftrarem aos olhos de to- dos Miniftros lieis de hum Deos crucificado , e dignos de difpenfar os myfterios do Pontífice Eterno dos bens fu- fi lm o ( 3 Q\ Sic tios exiâimet homo ut mhiiJTros lu-ivjo. y$vj ctrífti , tf âifpenfatores myfferle- Que útil ás ovelhas o Paftor , que ajunta em íi a ^-^^S^ 1 )^ fciencia , e a virtude ! Por hum Paftor poderofo em obras, rm**^ Aaft^r.y.ii. e palavras na prefença de Deos , e dos homens (39) fe ^^Zi^o^^tl * ii fór- uni ( ?« ) f 40 ) í.B omiiiiut teipfian prjúe exem plum iononim operam, Ad Tit. 2. 7 f Al ) Ante oVesvadit , & oves Mim fe- qiawtur. Joan. 1 o. 4. Ca». Cum PaC- torls 2. q. 7. Í42.) Memento voei tue. vocem dare v;r- tutis , ut opere tua vertis conti- nant. Bem. iipift. 102. ( 41) Quantum èaput ãiflat a memhis , tanium Prslalus debet Cubditos in aãione prscellere. Lau'i. luii. lib. De ln/lit.Reg. cap. j. r- v- f 44 ) t^an. fros , qui pr&fiiitius dift. 40. L. .57 quemquam Cod. ;/i-. JJ" t'/if/-. Ma^/j virtuteatitecellat Pra- jul , qttam íionore , & digniiate. Greçor. Naz. 1 . Orat. Apolo;;. ( 4 j J C. VHiJT'4UCza(.i. q. 1. ( 4Í ' Wk qusrens , ,/uod mifii vtile e/l , fed qiuã mujtís , ut talvi fiar.ti 1, ad Corinth. 10. j j. u *■ ■ „ ( 47 > Hs.c ãictt Dominas Deus : Va paf- tqribus Ifrael , qui pafcetant Jemet- ípfos. Ezech. j4. 2. •-"•■. f 48 > kmpU enim eflrs pre tio magno. 1. ad Corinth. í. 20. ( 4.9 ) Jtidicitim âurifimum Jiis , qui prs.- funt , fiel. Sap. í. s. ( 50 ) Hac diclt Dominas Deus : Ecee ego Juper paflores requiram gregem mettm de manu eorum. Ezech ia. 10. „ „ Ji') o paftor , & idetum itercUnqucns gregem. Zach. u. j/. Pafcite , qui in voiis efl gretem pomini . . . ,,eque ut dominantes m Clens. 1. Pet. 5. 2. r , . f 5 5 ) Cum aujlentate imperaiatis eis , J5 cum potentíà. Ezech. ,-4. 4. ( 54 ) Tiident. Se(T. sj. cap. r. D* R„ /«/■«aí. Eencd.XIV. ConíúuCuto /empei: ' ' 5 > £« , iioctuque fíjlu ureiar , ©■ pí- '« progregiíui tais. Gemi. ji.40. (4) forma , ou reforma hum povo inteiro , e delle pende qua- fi todo o bem das almas dos Paroquianos. Por iíTo á in- ftrucçao eíTencial ao feu officio devem ainda os Paftores fubaltcmos ajuntar o exemplo das boas obras, ( 4 o) as que pofto que mudas, são as mais eloquentes , as'rnÍ s effidS vozes a tocar o coração. A vida dos Paitores deve fer o exemplar , que edifique os fubditos , os anime , os mo- lio -âá rr p l ™- faz T poilca ' ou nenhuma im P^~ sao lenao fe firmao nas obras. ( 42 ) Como o Pároco feia a cabeça , he neceíTario que excedi tanto aos outros na virtude , quanto no compoíto humano excede a cabeça rTor n U elol ^^ M ?&****• ^ O que he fupl nor pelo lugar o deve fer mais pela virtude, ( 44 ) e dar- fe mais a conhecer pela pureza dos coílumes "reputado juftamente yú , e indigno , ( 45 ) que excedendo ^adt gnidade nao excede na doutrina , e na probidade , que fua°s acedes" ' T ^ ^ ^ ^ a esfe - d - ^ Que deplorável a forte de muitos infiéis Miniitros õ. 1 aulo ( 4 6) bufeando unicamente a fua utilidade fó Focurao nutrir a fua avareza , e apafeentar a fi mefmos! (47) Mes nao fentem o pezo das almas , que lhes forão confiadas ; nao conhecem o grande preço do Sangue , que Jefus Chníb por ellas derramou • ( 4 8) não confide lâ o ngorofiffimo juízo , que os efpera , ( 4p ) e a conraí ° hao de dar ao Supremo Juiz ao apparecer no formidável Tnbunaldefuajuitiça ( S o) Longe de nós aquelles , que fem algum fentimento de piedade , que he a alma dos ta- lentos, tem fó a figura de Paíbres / ( Sl) e são puramei a . te mercenários , em que não havendo o coração de Paf tor ; nem as entranhas de pai , affeclão hum ar de domi- nação tao contrario ao Evangelho , (y 2 ) e huma efpecie li * T ri V/ 5 ' 3) C1 M uenada fcachriftâò, nada pafto- ial O verdadeiro paftor ora , e facrifica , como he obri- gado ^ (5-4) pelas fuás ovelhas , explica os mvíterios da Religião expõe a moral deduzida dos Livros Sagra- dos , e dos Santos Padres , oppóe-fe com efpiriro Apof- tolico aos efcandalos , impede a torrente da iniquidade promove com zelo chriltão a frequência dos Sacramentos [ a obíervancia dos preceitos , os exercidos devotos , a pra- tica da oração mental o amor , e veneração á SantifLa Virgem o maior refpeito , e adoração ao Soberano Ser manancial de toda a noíTa felicidade. Elle como Tacob íatiga-fe de dia , e de noite pela falvação do feifreba- nho . (5-5-) elle prega , elle infta , elle argue , elle ro P a, elle rcprehende com paciência , e doutrina /elle em tu- do (í) j 4-^,Uoiin fr/O Ffte prande minifterio, de que eipecial- vreâca ve^m \ m/ia opportu« e , CIO trabaltia. {5 O) ^ 1LC gi' 111 "^- ÍUUU 7 T. í - importune, urgue,otJecra,increpa mente pende a felicidade efpiritual dos Noffos amados h- ^j^tíLISS^ lhos, occupará toda a noffa vigilância , fem que percamos de vifta os outros Ecclefiafticos do NoíTo Arcebifpado. Ah quanta deve fer a probidade , e fciencia daquelks , que pela impofição das mãos entrão no Santuário í Quanta a fantidade daquelles , que tocao com fuás mãos os vafos do ^ Senhor' ( l >7^ ' MunStmim, qui.ftrtis vafi Domi- Atodos os Ecclefiafticos obrigados a maior perfeição «■ **•** »• fobre o refto dos fieis , como que são os domefticos da ca- fa da Senhor, e Miniftros deDeosrvivo, exhortamos a cor- refponder ao efpirito da fua vocação , e não defmentir a fantidade do feu eftado , para qtjé aífim longe de ferem z affliccão , e o opprobrio da Efpdfa de Jefus Chrifto, fejao a fua gloria , e o feu ornamento. Quanto pela fua profilsao ( jf } fóra dos cuidados do feculo: mais confagrados a Deos , (58) ca„. d«^ w , ■a. 2. q. I. ( 59 ) são elles huma porção efcolhida para a forte , e herança do Senhor (5-9) devem com exceífo aos feculares , (60) cm-efeà ...«ufc». ainda no meio de Babylonia, aíTim por fuás acções , como ^^^í/J?*~ por fuás palavras, exhalar o bom cheiro de Jefus Chn- ^ fto. (61) Elles são a luz, que deve alumiar a todos, os que ^^^«g-.^ eltão na cafa de Deos , para que vejao as fuás boas obras e o-lorifiauem ao Pai Celeftial. (62) Que defagradavel el- LueeatUx ^âclm mm»,, G giuxin^u.^iii. ww v / „t viieant ofiérâ vejtra tona , »* npí^Trulo aos olhos de Deos , e eicandalolo aos aos no- Élorífice „ t Mw.f«im , í«; *j mens hum Ecclefiaftico com defejos , e acções mais defor- ~*^*£ denadas , que os mefmos filhos do feculo ! Eftes derramao hum cheiro de morte na Igreja de Deos , e fazem o mo- tivo de fua dor , e de fuás lagrimas , efcurecido o melhor ( ^ j ouro difperfas pelas ruas as pedras do Santuário , (63) T hre n .4.i. perdido o refpeito, e confiança dos povos , vilipendiado o Sacerdócio de Jefus Chrifto , e redundando no minifterio a indignidade do Miniftro. Deos pede dos feus Miniftros , além do homem inte- rior , os finaes públicos de huma piedade chriftã , e Ec- clefiaftica. Ainda que a virtude propriamente feja o orna- to efpiritual (Talma , e a gloria da filha do Rei efteja to- f ^ ; da no interior , (64) a compofição externa , que da a co- %«£*+,&»# ** nhecer o homem de probidade , (fij) he huma efpecie de Ex vifit eogn ^J vir ,^ aUc . virtude , que com o nome de rnodeftia a Santa Efcntura ^gf^^^--^ a todos recommenda. (66) Efta efpecialmente nos Mimf- Moãefl}a VÍ /J 6 J ta flt omúiliS tros da Igreja fe deve fazer fenfivel nos veftidos , nos géf- •f-^," tos , nas palavras , nas acções , em tudo. (67) Como os Eç- m ^^ j fi h \ nce!J ^ ferm clefiafticos por feu eftado dedicarão mais a Deos o efpiri- ^fJS&SS^XS^ to , e o coração , he jufto para a edificação do povo appa- f^/ e &^ m ^^ reção exteriormente as graças , que hão recebido do Deos ■ ^ . das fciencias . e Senhor das virtudes (68) para a lua pro- Delts rcUl , ilmm Dom} „u S e /i. Ud5 iWV"Vi«" ,' _. , n J -~A~ Cor- rrtoic Ree. i j. Vommts vi' tutiim ip, pria fantificaçao. Todas eftas graças^ devem ainda ler mais r Jj rk% \pfe (li Pf. s.;.io. * iii vi- í h 1 • Qitoã Ji ncctjhrio fatetmir , nullam alitiã opus aãeo Sanâum, ec ãivimttn a Chrifti fidelibus traílar! pcffe , quam hoc ipjitm trementhitn my/le- riam , quo vivifica illa fio/lia , qud Dío Pairi reconciliati fumas , in àltari per Sacerdotes quoiiâie im- molútur. Trid. Decrct. De obferv. ©" evitanã. in celetr. Mijfa. (7o) Salis etiam appatet omnem operam , & âHigestram in eo ponendam efe , Mt , quanta máxima fieri potejl , interior} corais imtnãitia , W" puri- tate , atque exteriori devotiimis , nc pietatis fpecie peragatur. Trid. ibidem. Ecce tf o vohifcimt fum omnibus âic- íus íifqtie ad confummationem íaculi. IVm.tr1.2ii. 20. Joan. t. 2j. ( 7=J ( 1 ' > Slcut portavimus imaginem terre- mi ; portemus & imaginem cxlejiis. I. ad Corinth. 1 5. 45. s. Pet. 1. 4. Lib. 2. De Pstnti. cap. í. - . <7t) Quomam vos eflis Prestrteri , & ex vobis pende t anima iliontm. Tu- •„■, &.yernngtns «/?.« «*v "^ 1 __, vifionem ar.ims. , ac Jpiritus , som- lavra de Deos illuftra o entendimento , penetra o coração, w*gm «^w, « «*»/«*». as deftroe o vicio , colloca a virtude fobre o throno , faz a gloria da Religião. Como efte exercicio Apoftolico feja a principal obrigação dos Sagrados Miniftros da primeira ordem, (81) e fem legitimo impedimento não deva ad- Priiãl . ãt - imU { 2l2, q uoã Èpird mittir fubftituto , (82) o praticaremos com toda a rrequen- ^ K ' eíorm y at . C a P . 4 . cia que Nos feja poííivel , principalmente na noíTa Ca- c.^.fin.i. u enim & o$c.tàtg. nital Nenhuma obrigação propõe o Doutor das Gentes te/u/ícor corem pen.&jjfu chn- r IL & _? 11 J ■ C fto, peradvetitumipíiusj®num em termos mais expreílos , appeiiando para o ngoroio e}US , vr &ãica w-tum. 2. a«i 1 imo- Tribunal de Jefus Chrifto no dia final dos feculos. (83) th " 4,1 ' Como efte minifterio feja também delegado aos Minif- tros fubalternos , para o qual o Tridentino Nos manda efcolher (84) homens idóneos ao executar faudavelmente , Seff . 5iI){ ^i W p.í. recommendamos a todos os Pregadores , que por virtude de feu carafter confiderando-fe Embaixadores do Senhor ao feu povo , com o mefmo efpirito do Apoftolo não fun- dem a fua pregação nas perfuasões da fabedoria humana, mas na demonftração do efpirito, e virtude. (85-) Que mais '* SemfmuSí ^Q icafíomeam efficaz efta mefma palavra , concorrendo no Orador Evan- %^f^JZ^^ gelico o bom exemplo da vida ! He mais fácil accender o •***■ « ; «*c™*. , 4 . fogo do amor Divino no coração dos ouvintes , quando o ^ 7e1o como em Teremias , (86) anima as palavras , e o v«-í«w ew «««ys tatá* áratut. Pregador tem o feu coração todo abrazado. A pregação do Evangelho eftabelecida por Deos para a falvação dos juftos , e conversão dos peccadores , por eftes canaes im- puros j quanta feja a pureza das agoas , paíTa muitas vezes a fer inútil , fe as acções do Pregador são pouco edifican- tes , por não dizer efcandalofas. Os coftumes nada Chri- ftaos , e nada Ecclefiafticos põem grande obftaculo no efpi- rito dos povos aos infinitos frutos de falvação , que Deos efoerava do feu minifterio. (87) pefa vos, «««!, pfmctm-tf 1 PaíTando já do Clero Secular ao Regular , protefta- ^^ ' s ' lí - mos o maior refpeito a todas as Sagradas Familias defte Arcebifpado , affegurando a cada hum de feus profeíTores toda a NoíTa benevolência , e venerando em cada hum os feus Santos Fundadores. Ainda que pela fragilidade hu- mana , e o commercio com o mundo tenha perdido o Ef- tado religiofo parte do feu primitivo efplendor, não fahio am- IMI Thres. i. í. ( »») (8) ainda da filha de Sião toda a fua formofura. (88) Renun- ciando os Religiofos os empregos exteriores da fociedade civil , não deixao de render ao Eftado os ferviços mais im- portantes pelo exemplo de fuás virtudes , o fervor de fuás orações , e os trabalhos do minilterio , a que a Igreja os ha aífociado. Nada tem a Igreja, que mais a edifique; na- da , que mais a illuftre , e exalte. São os Religiofos < ( s? ) Columaa , & coroas. fiSti , pretlofk margarite. , templi ttlfiu lapides , cajus ■funãametltum , i5 lápis angu- laris ejl Ctirijlus. GrejoivNaz. orat. ult. injiil. f jo) Cant. ;. 7. ( »« ) Cant. 7. 1. ^ »■ { " í) Conítit. Dum intra 22.Leon.X- ( ?? ) Ut omres regulares, tam viri , quam mulieres aã regulx. , quam profeiji funt , prajcriptum vitam inftituant , e>" compomnt. SeíT. 25. cap. 1. De Regular. ( 34 ) Piai. 50. 1 £. /- ( 9? ) De Jurtfd. Orâiiiar. in exempt. p. 2,4.45. f >< ' In Cap. Grave ãe Offic. Oral*. i 97 ) In Append. 1. acl tom. 1. Theolog. Dogmat. <&' Moral. ( 9S ) Lib. 9. De Syn. Dixcef. cap. 1 5. ( 99 ) Epift. IlI.Lib. j.iniiiít; 2. ( ico ) Cap.i. ãe Privileg. in 6. Clem.Fre- queus ãe excef. Pr&lat. ( 101 ) Ut tam Eprfcopi , quam Fratret prg.- foti ( quorum opera veluti lucerna arãentes fupra montem pofitu omni- íus Chrifti fiãelibus lúmen vrsíere ãebent) aã Dei lauãem,fiãei CatUo- Vicn exahationem , po/mlorumque fa- lutem ãe virtute in virtutem prolí- ciant. Coadh. Dum intra. Leon. X. D, ( '° 2 > Rogmmis auiem vosfratres , ut . . - ve/trwn negotium agatis. i. ail Thefial. 4. 11, Anjos tutelares dos Reinos , e dos Impérios , as columnas da Fé , (89) as pedras preciofas dajerufalem militante, os fortes de Ifrael , que guardão o leito do verdadeiro Sa- lomão (90) contra os inimigos da Igreja , as tropas efco- lhidas do bem ordenado exercito de Deos vivo , (9 1) que fuitentão as verdades da Religião , e da Moral Evangéli- ca , os Miniítros fieis , que com os Bifpos cooperão (92) para a fantificação do povo de Deos até o introduzir na terra da promifsão. Efte conhecimento , ainda que fó pro- feíTamos a regra do grande Doutor, e grande Santo Àgof- tinho, Nos fará refpeitar todos os Corpos Regulares , e da- rá a ver , que no affeclo fomos de todos os Sagrados Infti- tutos , que illuítrao o noíTo Arcebifpado. Merecerão efpe- cialmente toda a noíTa maior alfeição , os que offerecendo o edificante efpe&aculo de huma vida regular, e útil, mais corre fponderem á fublime perfeição do feu eirado , como aos Regulares de ambos os fexos recommenda o Sagrado Concilio de Trento, (93) e aífim nos ajudarem a produzir frutos de falvaçao na vinha , ou campo , que o Pai de fa- milias com aquella providencia , que tem em fuás mãos as noíTas fortes, (94) commetteo á noíTa cultura. A experiên- cia , ajudando-nos Deos , moftrará a todos , que longe de querer ampliar os confins da noíTa jurifdicção com os Re- gulares , além dos cafos, de que efpecialmente tratão Eraf- mo Chokier, (95-) Fagnano, (96) e Natal Alexandre, ( 97 ) citados pelo SantiíTimo Padre Benedi&o XIV. , (98) pro- curaremos guardar inviolavelmente os feus juftos , e bem. merecidos privilégios , concedidos pela Sé Apoftolica , co- mo além do grande Gregório (^c,) nos mandão outros mui- tos Supremos Pontífices. (100) Teremos fempre prefente a noíTo efpirito ,0 que nos recommenda o Santillimo Papa Leão X. , em confpirarmos pela diligencia , e cuidado dos Regulares para o louvor de Deos, a exaltação da Fé, a fal- vaçao dos povos. (101) Em fim a todos os amados fieis da noíTa Diocefe recommendamos com o Apoítolo trabalhem no importan- te , e eííencial negocio da falvaçao eterna , (102) centro, em que tudo do homem Chriltão deve terminar. Confide- rando todos o alto fim, a que fomos deltinados os filhos da adopção , gravemos no fundo d'alma o fanto temor de Deos, (?) Deos , que junto com a obfervancia dos mandamentos he o tudo do homem , (103) e o conduz á feliz immortalida- Del , m t ime , è°llâat a e jus a. , _ , 1 r • í~^ _ „ ferva, íioc efl enim tmnis homo. Be- de. Lembrando-nos , que naícemos mais para o Ceo, que c ieí.ia.ij. para a terra , e nefta noíTa mortal peregrinação não temos aqui Cidade permanente, (104) afpiremos fó aaffegutar ^ entm ,^ s \ íc mttnenUm luo-ar , que nos eftá promettido na J eruíalem Celeite , ^f e ™ '/'f /"!" re,m lruiu: ' ri "" iS ' aquella Cidade fanta , de que o mefmo Deos lançou os fundamentos. Efta folida confideraçao nos moverá a exerci- tar aquellas obras boas , que facão certa a noíTa vocação , (ioçY e fem as quaes he morta a fé . infruíhiofa a reli- atraíres maiu f«°lJte, «tper tona .*' f .*. opera cerlam vejlrtm vocatlonem ■', ffiaO. (IOO) & electionemjàciatís. 2,eei. 1.10. Não defeemos agora a exhortaçoes particulares , que- jac. 2. 17. rendo a experiência junto o confelho de homens pios , e doutos , como nos recommenda o Santiííimo Padre Bene- dito XIV., (107) Nos enfine, o que devemos obrar na re- Ub . ( , DeS ^H Cíp . to , forma de qualquer abufo fegundo as máximas de Jefus Chrifto , e as regras da prudência chrifta , que recommen- dada aos Bifpos por Direito Divino , e humano, (108) fe- ^^(j^ rá, ajudando-nos o Senhor, o primeiro , e único movei de a - d,íl - ->• todas as NoíTas acções. A todos os nofíbs Diocefanos pro- tejamos a propensão do noíTo animo , fegundo o efpirito do Senhor inclinado a paz , e a fuavidade , (109) o que fio») .«././' j 1 • 1 CC ■ i. T_ J ' ' " x. ••* "SO cogito fnper vos , ait Voml- por 1110 10 nao produzindo elreito a brandura , a imitação nus , cogimunes pacis , # , m af- da Sabedoria Divina , que ajunta a luavidade , e a rorça, (110) romperá em mais fortes, e efficazes remédios contra A ttwit *jk}u}£è\ifiMm rmt- aquelles, que como afpides , (111) fazendo-fe furdos á voz t .'W™-*»*"**** do Paftor, viverem obftinados em hum inteiro efquecimen- pfai. 75 . 5 . ( IU ." to das obrigações da Lei chriftã. Nós eftamos perfuadidos , que muitas vezes he mais útil , e efficaz a benevolência que a aufteridade , a exhortação que o caftigo , a caridade que o poder. Se pela gravidade do deli&o for neceíTario , deixada huma , tomar a outra vara , de que falia ò Profe- ta, (112) ainda então com o efpirito de Jefus Chrifto, co- Agimp/, mm Àll *&*«* , umm ■Á- r ri r • T» J J HP voeavi Decorem , es* alteram voca- mo aos rSiípos períuadem os reipeitaveis radres de iren- viPmieuum, &pav,gregem. z* to, (11 7,) procuraremos temperar com a fuavidade o rigor, '' ' 7 ' (no 7 y ■ )