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Adélia Prado: I think of sex, death, God, and poetry. Every single day

Description

Abstract:
With eight books of prose and poetry published, a poetry anthology, two books (selection of poems) translated and published in the US, the "Dona Doida" show (adaptation for the theater of her texts), Adélia Prado has long since gained a special place in Brazilian literature. Adopted by Carlos Drummond de Andrade as a literary daughter and compared to Clarice Lispector for the unexpectedness of the images and the fluidity of her rhythms, Adélia inhabits the Brazilian literary tradition in a very special way, combining a rhythm of winged poetry with images of solid ground, deep roots and iron from the mountains of Minas Gerais. Adélia speaks by emphasizing certain words, melodying speech with a rhythm of her own. In the midst of the conversation, sometimes, the erudite syntax is added to the proseism of the idiomatic expressions—a Drummondian inheritance, perhaps. On the eve of her poetry anthology being launched, Adelia speaks of childhood, Minas, God, Jonathan, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Carlos Drummond, and many others. But she speaks mainly of her work, of the eroticism of poetry, of discoverying the aesthetic, of her new book, of her vital need to make literature and the pleasure of being a successful writer. Frequently, a game of opposites is felt in the interview: the extremely palpable elements of Adélia's texts, which could serve as the guiding thread for an autobiographical sketch, simultaneously form the traits that most dissociate the characters from the writer's experience. Therefore, confirming Adélia's own ideas that poetic production is independent (to some extent) from its author, some of her texts show a vision of society quite different from that which Adelia professes. With thoughts deeply faithful to the dogmas of Catholicism and rooted in Brazilian patriarchal society, Adélia discusses the role of women in society from a biblical and Jungian perspective and criticizes the rebellion of some of her own created characters. The conversation took place on June 29, 1991, in Divinópolis, at Adélia's house, interspersed with unexpected visits, phone calls from journals asking for unpublished poems, and coffee with cookies. Ready to talk, this "dedo de prosa" (a bit of prose) in Minas Gerais lasted about three hours. Here is the result.
Com oito livros publicados em prosa e poesia, uma reunião poética, dois livros (seleção de poemas) traduzidos e publicados nos Estados Unidos, o espetáculo "Dona Doida (adaptação para o teatro dos seus textos) e "O homem da mão seca a caminho", Adélia Prado há muito já conquistou um lugar especial na literatura brasileira. Adotada por Carlos Drummond de Andrade como filha literária e comparada a Clarice Lispector pelo inesperado das imagens e pela fluidez do ritmo, Adélia se insere no contexto da tradição literária brasileira como aquela que, de uma maneira muito especial, combina um ritmo de poesia alada com imagens de chão firme, raízes profundas e ferro das montanhas de Minas. Adélia conversa enfatizando certas palavras, melodiando a fala com um ritmo próprio, canto mineiro agarrado à terra, às origens sacras e provincianas. No meio da conversa ocorre, às vezes, a sintaxe erudita se juntar ao prosaísmo das expressões idiomáticas e coloquiais. Herança drummondiana, talvez. Às vésperas do lançamento de sua "Poesia reunida", Adélia fala da infância, de Minas, de Deus, Jonathan, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Carlos Drummond e muitos outros. Mas fala sobretudo da sua obra, do erotismo da sua poesia, da sua descoberta do estético, da sua forma de trabalho, do seu novo livro, da sua necessidade vital de fazer literatura e do prazer do sucesso como escritora. Freqüentemente, um jogo de contrários se faz sentir na entrevista: os elementos extremamente palpáveis dos textos de Adélia, que poderiam servir de fio condutor para um esboço autobiográfico, simultaneamente formam os traços que mais dissociam os personagens da vivência da escritora. Portanto, confirmando as idéias da própria Adélia de que a produção poética independe (até certo ponto) do seu autor, alguns dos seus textos mostram uma visão da sociedade bastante diferente da que Adélia professa. Com pensamentos profundamente fiéis aos dogmas do catolicismo e enraizados na sociedade patriarcal brasileira, Adélia discute o papel da mulher na sociedade sob a ótica bíblica e junguiana e critica a rebeldia de alguns dos seus próprios personagens. A conversa se realizou a 29 de junho de 1991, em Divinópolis, na casa de Adélia, entrecortada de visitas inesperadas, telefonemas de revistas pedindo poemas para publicação e café com biscoitos. Disposta a conversar, "o dedo de prosa" mineira durou aproximadamente três horas. Eis aqui o resultado.

Citation

"Adélia Prado: I think of sex, death, God, and poetry. Every single day" (1993). BRASIL/BRAZIL: A Journal of Brazilian Literature. Brown Digital Repository. Brown University Library. https://doi.org/10.26300/ba2x-fw78

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Collection:

  • BRASIL/BRAZIL: A Journal of Brazilian Literature

    BRASIL/BRAZIL: A Journal of Brazilian Literature (ISSN: 2526-4885), founded in 1988, publishes scholarly articles on Brazilian literature and in Comparative Literature with a focus on Brazilian literature, as well as book reviews, interviews with writers, English-language translations of Brazilian literature …

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